Dona Marina Ferreira Simão morava em Bodocó, no estado de Pernambuco. É casada com o Sr. Vicente Simão. Na época tinha um filho de dois anos e stava grávida de dois meses.
Vieram para São Paulo no ano de 1974, onde fixou residência no bairro Jardim Represa, em São Bernardo do Campo.
A vida no início foi muito difícil, morando por um determinado tempo na casa de parentes.
O primeiro emprego do marido foi na fábrica Selanese, onde fabricavam fio de naylon, tecidos e cobertores. Essa fábrica ficava no bairro vizinho que se chama Batistini.
Ela relata que o bairro era pequeno e tinham poucas famílias morando aqui. As ruas eram de terra, não tinha energia, usavam lamparinas. A água para beber era retirada do poço da casa de uma vizinha que se chama Maria (moradora do bairro até hoje).
Para estudar, as crianças tinham que ir para o bairro vizinho do Batistini a pé ou de bicicleta, pois o bairro Jardim Represa não contava com escolas. Quando as pessoas ficavam doentes, o sofrimento era o mesmo: caminhavam até o próximo bairro, pois aqui não tinha posto de saúde e ônibus.
Para fazer compras iam para o “boteco do Zé Farias”, que vendia arroz, feijão, açúcar, fubá e muita pinga. As famílias tinham suas hortas e criavam porcos e galinhas no quintal.
Ela relembra da tranquilidade do bairro e que podiam dormir de janelas abertas sem correr nenhum tipo de perigo. As crianças corriam livremente e subiam em árvores.
Compartilha também sua recordação da represa limpinha, com muitos peixes e em dias quentes trazendo lazer para toda a comunidade.
Em época de chuvas, para não sujar os calçados, amarravam sacolas nos pés, pois a represa enchia muito, desta forma, eram abertas as comportas para que a água se direcionasse para a baixada santista.
Ela diz também, que na redondeza tinham muitos sítios e neles se cultivavam bananas, laranjas, mandiocas, mexericas e...
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Dona Marina Ferreira Simão morava em Bodocó, no estado de Pernambuco. É casada com o Sr. Vicente Simão. Na época tinha um filho de dois anos e stava grávida de dois meses.
Vieram para São Paulo no ano de 1974, onde fixou residência no bairro Jardim Represa, em São Bernardo do Campo.
A vida no início foi muito difícil, morando por um determinado tempo na casa de parentes.
O primeiro emprego do marido foi na fábrica Selanese, onde fabricavam fio de naylon, tecidos e cobertores. Essa fábrica ficava no bairro vizinho que se chama Batistini.
Ela relata que o bairro era pequeno e tinham poucas famílias morando aqui. As ruas eram de terra, não tinha energia, usavam lamparinas. A água para beber era retirada do poço da casa de uma vizinha que se chama Maria (moradora do bairro até hoje).
Para estudar, as crianças tinham que ir para o bairro vizinho do Batistini a pé ou de bicicleta, pois o bairro Jardim Represa não contava com escolas. Quando as pessoas ficavam doentes, o sofrimento era o mesmo: caminhavam até o próximo bairro, pois aqui não tinha posto de saúde e ônibus.
Para fazer compras iam para o “boteco do Zé Farias”, que vendia arroz, feijão, açúcar, fubá e muita pinga. As famílias tinham suas hortas e criavam porcos e galinhas no quintal.
Ela relembra da tranquilidade do bairro e que podiam dormir de janelas abertas sem correr nenhum tipo de perigo. As crianças corriam livremente e subiam em árvores.
Compartilha também sua recordação da represa limpinha, com muitos peixes e em dias quentes trazendo lazer para toda a comunidade.
Em época de chuvas, para não sujar os calçados, amarravam sacolas nos pés, pois a represa enchia muito, desta forma, eram abertas as comportas para que a água se direcionasse para a baixada santista.
Ela diz também, que na redondeza tinham muitos sítios e neles se cultivavam bananas, laranjas, mandiocas, mexericas e muitas verduras e legumes.
Hoje ela tem casa própria no bairro, seus filhos estão casados e tem cinco netos.
O bairro cresceu e valorizou muito. Temos escolas, posto de saúde, ônibus, muitas firmas, vários mercados, farmácia e a praça, onde os moradores fazem caminhadas e jogam futebol. Contamos também com ruas asfaltadas.
Ela diz com carinho: “A natureza nos presenteou com uma imensa represa que infelizmente não é bem cuidada: a represa Billings.”
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