A formação em memória social tem sido uma estratégia cada vez mais relevante para fortalecer comunidades, ampliar o acesso à cultura e transformar territórios por meio das histórias de vida. Em 2024, os resultados alcançados pela Rede de Núcleos do Museu da Pessoa mostram como o conhecimento em Tecnologia Social da Memória, metodologia criada pelo Museu, gera impactos concretos e duradouros.
Para fazer parte dessa Rede, coletivos e organizações locais participam de uma formação em memória social. Ela oferece conteúdos teóricos e práticos para o registro, preservação e socialização de histórias de vida com protagonismo comunitário. Após a formação, esses grupos passam a compor uma Rede colaborativa internacional que compartilha saberes, práticas e ações que colocam a memória como uma ferramenta de transformação.
Neste artigo, você vai conhecer os principais dados, ações e destaques do último ano da Rede de Núcleos. Além disso, ficará por dentro da próxima oportunidade de participar da formação em memória social e integrar essa comunidade que cresce a cada ano.
📌 Saiba mais sobre os Núcleos Museu da Pessoa
Formação em memória social que gera impacto real
Antes de mais nada, é importante observar os números que revelam a amplitude das ações em 2024:
- 61 Núcleos ativos em diferentes regiões do Brasil (e até no exterior)
- 180 pessoas diretamente envolvidas nas ações desenvolvidas
- Mais de 750 histórias de vida registradas na plataforma do Museu
- Mais de 400 imagens inseridas no acervo digital coletivo
- Mais de 550 pessoas impactadas indiretamente, por meio das ações locais
Esses dados reforçam como a formação em memória social tem contribuído significativamente para o fortalecimento cultural e comunitário em diversos territórios.
Como a formação em memória social transforma territórios
Em 2024, a oitava edição da formação em memória social reuniu 75 participantes de todo o Brasil. Como resultado, foram criados 20 novos Núcleos, que hoje integram a rede de forma ativa.
Durante os encontros, Núcleos mais experientes compartilharam boas práticas com os iniciantes, criando uma verdadeira rede de apoio e troca de saberes.
“Esperava um curso técnico, mas recebi uma imersão em reflexão e consciência. A formação ampliou minha visão sobre por que registramos memórias.”
— Lídia Vales, Núcleo Vozes do Bairro
Ações que marcaram o ano na Rede de Núcleos
Ao longo do ano, os Núcleos realizaram uma série de ações transformadoras em suas comunidades. Conheça algumas:
- Rodas de histórias com diferentes gerações, em escolas, praças e centros culturais
- Exposições itinerantes, como Vidas em Cordel, que mobilizou centenas de pessoas em Pernambuco e São Paulo
- Documentários e séries sobre temas locais, como Povo Preto de São Miguel
- Publicações e materiais didáticos, voltados especialmente à educação pública
- Podcasts e vídeos que eternizam saberes e vozes de diferentes territórios
Além disso, muitas dessas ações utilizaram ferramentas digitais e foram integradas à plataforma Memô, ampliando o alcance e a preservação dos registros. Desenvolvido pelo Museu da Pessoa, o Memô é uma ferramenta digital que permite a qualquer pessoa ou grupo criar exposições virtuais a partir de acervos de histórias, imagens e vídeos.
Principais marcos da Rede de Núcleos em 2024
📍 1º Fórum de Núcleos
Em março, foi realizado o primeiro Fórum Nacional da Rede, com dois dias de palestras, oficinas e trocas inspiradoras entre lideranças, especialistas e representantes dos Núcleos.
📍 Editorial “Núcleos em Ação”
Durante o ano, cinco Núcleos foram destacados nas redes sociais e no site do Museu da Pessoa, compartilhando suas histórias com o público. Ao todo, os conteúdos alcançaram 12.346 pessoas.
📍 Edital de Microprojetos
Além disso, o 2º Edital da Rede selecionou propostas inovadoras e ofereceu mentoria a coletivos premiados, incentivando a sustentabilidade de suas ações.
Esses marcos consolidam a Rede como um espaço de aprendizagem constante e cooperação ativa.
📌 Conheça o Núcleo destaque de abril
Quer fazer parte da próxima formação em memória social?
Se você deseja atuar em sua comunidade valorizando memórias e identidades locais, essa é a sua chance. Em breve, o Museu da Pessoa abrirá novas inscrições para a formação em memória social e para o ingresso de novos Núcleos na Rede.
Com isso, sua organização poderá aprender uma metodologia reconhecida, conectar-se com outras iniciativas e colocar a memória como ferramenta de transformação social.