Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa, 20 de abril de 2017

Trabalho, desde o dia do nascimento

Esta história contém:

Trabalho, desde o dia do nascimento

Vídeo

Meu nome é Maria da Conceição Câmara Romão. Nasci no dia primeiro de maio de 1949, em Ibaté, São Paulo. Na verdade, nasci entre Araraquara e Ibaté, na Usina Tamoio, e meu pai escolheu me registrar em Ibaté. A Usina era muito linda. Tinha a casa da fazenda, vistosa, aqueles jardins lindos, aquele riacho bem tratado. A igreja era muito bonita, os donos cuidavam muito bem. Tinha cinema, tinha baile. Toda a família morava junta. Meus pais vieram para São Paulo quando eu tinha três anos. Eles vieram morar na zona leste, na Santa Isabel. Disseram que era um barraquinho. Minha mãe falava que caía folha das árvores dentro do barracão. Foi o início. Logo ela conseguiu emprego no Lanifício Santista, começou a trabalhar e meu pai foi trabalhar na Epeda, uma fábrica de colchão. Eles alugaram uma casa, também na Santa Isabel e ali nós ficamos por uns cinco, quatro anos. Agora, onde a minha mãe trabalhou, é o Sesc Belenzinho. Depois nós fomos morar na Água Rasa. Da Água Rasa, nós viemos para a nossa casa no Carrão, a que meus pais compraram. Eu já tinha o meu irmão, eu já tinha de 11 pra 12 anos. Eu fiquei nessa casa até 73, quando me casei.

Com 16 anos, fui trabalhar em uma empresa que fazia peça pra rádio. Eu não queria mais estudar, queria trabalhar! Precisava ajudar o meu pai e a minha mãe. Meu primeiro emprego foi na Douglas Rádio, no Tatuapé. Entregava todo o meu salário para o meu pai, só ficava com a hora extra. Por isso eu fazia hora extra. Depois trabalhei na Philco, mas como a minha mão doía muito, comecei a trabalhar em malharia. Eu parei de trabalhar quando a minha filha nasceu, em 75. Conheci meu marido em um baile. Naquele tempo, namorar era ir ao baile, ir a uma lanchonete, ficar em casa, ir ao cinema. O casamento foi em 3 de fevereiro de 1973. Vai fazer 45 anos no ano que vem. Começamos a construir nossa casa depois que nos casamos, no Jardim Santa Maria. Não fomos os primeiros moradores da rua, mas fomos...

Continuar leitura

Dados de acervo

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

Um mapa afetivo de São Paulo
Vídeo Texto

Domingos Sérgio Barone

Um mapa afetivo de São Paulo
"Pô, cadê São Paulo?"
Vídeo Texto
Da roça aos computadores da favela
Vídeo Texto

Anísio Barbosa da Cunha

Da roça aos computadores da favela
"Enquanto eu tiver força, tenho um sonho"
Vídeo Texto
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.