O meu nome é Rosa Mara. Eu trabalho no Controle e Gestão. Tenho 55 anos e 27 anos e cinco meses de empresa. Eu nasci numa cidade do interior, em Uruguaiana. Com 10,12 anos eu vim para Santa Maria e depois de Santa Maria, ao casar, eu vim para Canoas.
A história com a Petrobras é antiga. Eu era adolescente, em Santa Maria, e a professora pediu para fazer um trabalho sobre petróleo. Eu geralmente gostava de fazer o melhor, sempre tirei notas boas, nunca rodei. Eu escrevi para a Petrobras, acho que eu tinha uns 13, 14 anos, pedindo informações. Para a minha surpresa, eu recebi envelopes com catálogos, petróleo, produto, a história da Refap, etc. Então, assim começou uma admiração muito de menina, eu não sabia nem o que era uma refinaria. A comunicação da Refap me mandou aqueles catálogos e eu tirei a melhor nota da sala de aula. Era tudo ilustrado, foi muito bom. O ingresso foi assim: ao casar, eu vim morar em Canoas. Eu sempre gostei de trabalhar, o meu esposo já me conheceu trabalhando, então, eu comecei a fazer concursos. Eu fiz os concursos da Caixa, da Petrobras, do Banco do Brasil, do Banco Central. Eu falei comigo mesma: “O primeiro que me chamar, eu vou.” A Petrobras foi a primeira a me chamar e eu estou aqui. Eu fiz o concurso em 1978. Eu esperei um pouco de tempo, mas eu fiz em 1978 e ingressei em 1979.
Eu trabalhei sempre aqui dentro da Refap, mas passei por vários cenários, desde a automação de escritórios, a automação de documentação. Trabalhei uns 10 anos em secretaria, mas eu sempre queria conhecer mais, conhecer mais, conhecer mais. Então, eu já estive em vários setores e sempre fui progredindo. Hoje eu estou no Controle e Gestão.
Eu coordeno com o meu chefe a parte de indicadores. A gente tem um sistema; o pessoal coloca as informações e a gente vê o andamento do sistema. Tem a parte da TI também que nos ajuda, mas eu sou da parte da informação. Se a informação não está correta, muitas vezes a pessoa...
Continuar leitura
O meu nome é Rosa Mara. Eu trabalho no Controle e Gestão. Tenho 55 anos e 27 anos e cinco meses de empresa. Eu nasci numa cidade do interior, em Uruguaiana. Com 10,12 anos eu vim para Santa Maria e depois de Santa Maria, ao casar, eu vim para Canoas.
A história com a Petrobras é antiga. Eu era adolescente, em Santa Maria, e a professora pediu para fazer um trabalho sobre petróleo. Eu geralmente gostava de fazer o melhor, sempre tirei notas boas, nunca rodei. Eu escrevi para a Petrobras, acho que eu tinha uns 13, 14 anos, pedindo informações. Para a minha surpresa, eu recebi envelopes com catálogos, petróleo, produto, a história da Refap, etc. Então, assim começou uma admiração muito de menina, eu não sabia nem o que era uma refinaria. A comunicação da Refap me mandou aqueles catálogos e eu tirei a melhor nota da sala de aula. Era tudo ilustrado, foi muito bom. O ingresso foi assim: ao casar, eu vim morar em Canoas. Eu sempre gostei de trabalhar, o meu esposo já me conheceu trabalhando, então, eu comecei a fazer concursos. Eu fiz os concursos da Caixa, da Petrobras, do Banco do Brasil, do Banco Central. Eu falei comigo mesma: “O primeiro que me chamar, eu vou.” A Petrobras foi a primeira a me chamar e eu estou aqui. Eu fiz o concurso em 1978. Eu esperei um pouco de tempo, mas eu fiz em 1978 e ingressei em 1979.
Eu trabalhei sempre aqui dentro da Refap, mas passei por vários cenários, desde a automação de escritórios, a automação de documentação. Trabalhei uns 10 anos em secretaria, mas eu sempre queria conhecer mais, conhecer mais, conhecer mais. Então, eu já estive em vários setores e sempre fui progredindo. Hoje eu estou no Controle e Gestão.
Eu coordeno com o meu chefe a parte de indicadores. A gente tem um sistema; o pessoal coloca as informações e a gente vê o andamento do sistema. Tem a parte da TI também que nos ajuda, mas eu sou da parte da informação. Se a informação não está correta, muitas vezes a pessoa não consegue entrar no sistema. Eu ajudo, crio a senha, para a pessoa ter o privilégio de entrar no sistema. É o sistema de indicadores da Refap.
Muita coisa mudou. Eu lembro que para fazer uma carta, usávamos máquina de datilografia eletrônica – porque eu peguei a manual – e eram seis cópias, seis carbonos, tu erravas uma letra, imagina, correr e arrumar Por isso que eu disse que passei por muitas fases. Acho que a mais importante foi a automação de escritórios, porque veio o microcomputador, veio o sistema, e a própria Refinaria começou a entrar em rede. Isso melhorou muito a nossa vida, deu mais tempo para se capacitar em outras coisas.
Eu tenho várias recordações da ampliação, porque eu vi a obra ser interrompida três vezes. Tu vês teus colegas, pessoas com quem eu jogava vôlei, que trabalhavam na obra da Refap e que de um momento para o outro tinham que ser transferidos, porque a obra foi interrompida. Tem algumas coisas que te marcam. Colegas que até hoje encontra, telefona, tenta manter um diálogo, que foram do início da Refinaria. Umas trabalhando em obras, outras até já saíram da Refap.
Jogo vôlei com o pessoal desde que entrei aqui. O Marquetti, que era do setor de pessoal, estava fazendo a minha ficha e disse: “Tu jogas vôlei?” Eu disse: “Jogo.” ;“A Refap ganhou mais uma atleta” E, desde então, a gente participou de vários campeonatos como o do Sesi, campeonatos municipais. Tive a honra de participar do jubileu, quando a gente se tornou campeão internacional. Foi a única equipe da Refap que participou e ganhou o título de campeã internacional.
Tudo passou por várias etapas. O que eu noto é que cada vez a empresa é mais preocupada com segurança. São programas, consultorias que tu participa no dia-a-dia, mas a segurança da empresa, a parte do meio ambiente, até a legislação nos cobra, então a empresa está cada vez mais comprometida. Isso faz com que o empregado também tenha esse comprometimento de segurança e saiba que a vida dele está dependendo da do colega que está ao lado. Isso se aplica para o meio ambiente também. Hoje está muito perto: segurança, meio ambiente, saúde do empregado.
Eu acho o trabalho social muito bonito, tanto que me candidatei para ser voluntária. Eu já trabalhei como voluntária na Cruz Vermelha, um dos meus filhos mais velhos é do Lions Clube, que é para a comunidade também. Eu acho importante. Eu já tenho neto, três filhos rapazes, que dizem que geralmente dão mais problema, mas o que eu vejo hoje no Brasil é a seguinte realidade: a criança adolescente a partir dos 12 anos quando a família trabalha, pai e mãe, a criança chega em casa e não tem alguma coisa extra escolar para fazer. Então, tu ficas preocupada. Acho muito importante as empresas estarem se preocupando com a responsabilidade social. Imagina se cada empresário pudesse fazer isso: montar um programa, montar um outro tipo de atividade para que a criança estudasse e pudesse ir para um local seguro, sair das ruas. O pior inimigo da família, da criança é o traficante, são as drogas, é a violência. Acho muito bonito o trabalho que a Petrobras faz. Eu tenho oportunidade de ver e ler muita coisa.
Os jogos do Jubileu em 2003. Saiu daqui uma equipe, foi uma das maiores equipes, e o nosso grupo de vôlei é muito unido, muito unido mesmo. Eu sou uma das mais velhas do time; vamos dizer assim, eu sou uma das atletas do primeiro time formado pela Refap. E para nós foi maravilhoso: aqueles dias no Rio de Janeiro, a convivência, a união e a gente se consagrar campeã. Foi muito importante, muito gostoso.
Já fui sindicalizada, desde que eu iniciei na Refap, mas numa greve em 1995, eu pedi demissão e atualmente eu não sou mais. Esse rapaz que acabou de sair, o Alceu, é do sindicato e eu tenho uma relação muito boa com eles, mas foi uma decisão que tomei de cabeça quente. Eles andaram fazendo algumas coisas, escrevendo o nome de quem ficou trabalhando na greve, quando todo mundo tem o direito de ir e vir. Eu fiquei aqui dentro trabalhando e meu nome foi colocado na parede, no chão, passaram na frente da minha casa, assim como de outros colegas que ficaram aqui. Eu achei que aquilo não era democracia, aquilo que o sindicato pregava não era democracia. Mas eu me dou super bem com eles. Eu devia ter voltado, mas tu ficas em dúvida; esse relacionamento que eu estou mantendo com o pessoal do sindicato é legal, não é um papel que vai me dizer sim ou não. Mas foi uma coisa de cabeça quente, eu acho que democracia é o direito de cada um ir e vir, então não achei de muito bom gosto aquilo.
Eu tenho muito orgulho de trabalhar para a maior empresa do Brasil, a Petrobras. A Refap é a maior empresa do Rio Grande do Sul e tu sabes que o petróleo está presente em tudo. Tu sabes que fazes parte dessa empresa e que tu és uma pecinha dessa grande máquina e para essa máquina andar bem, todas as peças têm que andar no mesmo sentido. Então, isso é muito importante, tenho muito orgulho de participar da Empresa como um todo.
Eu fiquei muito feliz quando a Comunicação me convidou. Não sei que critério vocês usaram, mas foi ótimo saber que eu estou fazendo parte dessa história. Quem sabe ainda vou me ver num livro, numa revista da Petrobras, contando a história dessa empresa. E me sinto muito feliz, fiquei muito contente mesmo.
Recolher