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Por: Museu da Pessoa, 6 de agosto de 2020

O importante é estar e ser presente

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O importante é estar e ser presente

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A minha rotina era de estudar, eu tinha muita vontade de estudar, fazer faculdade, eu me dedicava bastante. Eu procurei muito emprego, foi muito muito muito difícil pra eu conseguir o meu primeiro emprego. Então eu procurava emprego em todos os lugares, mandava o meu currículo em todos os lugares, de tudo quanto era jeito, mas foi bem complicado. Foi uma época bastante complicada por conta dessas cobranças e por eu não estar dando conta, de estar dando as respostas que esperavam que eu devia dar nesse período de cobranças.

A cobrança de você ter o seu primeiro trabalho. O meu pai sempre teve uma questão complicada em relação ao trabalho, porque ele não dava certo em nenhum lugar que ele estava. Então às vezes a minha mãe falava: "Cadê o trabalho? Você vai ser igual o seu pai?”. E na verdade não é que eu não quisesse trabalhar, não era uma questão minha, da minha parte, era uma questão que eu realmente não conseguia encontrar emprego.

O meu primeiro trabalho mesmo eu consegui aos 16 anos. Eu fui trabalhar num restaurante e eu não me adaptei, eu não gostei, porque eu levei algumas cantadas. Eu era a moça das balanças. Então as pessoas vinham, colocavam o prato e eu marcava quanto dava. E aí veio um rapaz e me deu uma cantada e eu fiquei muito constrangida, eu não queria mais voltar para esse lugar. Eu falei para minha mãe que eu não queria mais trabalhar lá, mas eu senti que a minha mãe me repreendeu, que ela se decepcionou comigo. Nisso como eu estava sendo muito pressionada, eu passei mal e tive um surto psicótico agudo. Aí eu já não sabia qual era o meu nome, quantos anos eu tinha, não sabia quem era mais a minha família e eu fiquei um período hospitalizada. Eu parei num hospital psiquiátrico, fiquei um mês internada. Esse período eu não considerei esse trabalho, porque eu fiquei uma ou duas semanas e aí quando aconteceu esse episódio eu adoeci e fiquei um bom tempo quieta e me recuperando.

Esse episódio...

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Projeto Conte sua História

Depoimento de Karina Silva dos Santos

Entrevistada por Luiza Gallo Favareto

PCSH_HV866

Karine, então a gente sempre começa perguntando qual o seu nome completo, local e a sua data de nascimento.

Meu nome completo é Karina Silva dos Santos. Eu sou nascida no dia 24 de novembro de 1988. Eu nasci no Hospital São Paulo, na capital São Paulo. E é isso.

E quais os nomes dos seus pais?

O nome do meu pai é Guilherme Pereira dos Santos. E o nome da minha mãe é Maria Lúcia Silva dos Santos.

E onde eles nasceram?

O meu pai, ele nasceu na Bahia, mas se naturalizou paulista. E a minha mãe é baiana, da cidade de Coara, sim.

Você sabe como que eles vieram pra São Paulo?

Ah, o meu pai, ele veio por conta do meu avô já querer vir fazer a vida em São Paulo, né? Na época que o São Paulo era um pólo econômico, era a efervescência, né? Então muitos migrantes vinham a São Paulo para tentar uma vida melhor. E aí o meu avô veio, logo assim casou com a minha avó, vieram os dois. E o meu pai veio junto porque ele é o filho mais novo, né? Ele é o filho, desculpa, é o filho mais velho. E tem outros irmãos. E os outros irmãos já são paulistas mesmo, né? Paulistas. No caso da minha mãe, ela veio por conta de ter se casado com o meu pai. No caso dos meus avós, eles ficaram na cidade deles, no estado deles, né? Com exceção do meu avô materno, que ele era sejipano, aí foi pra Bahia. Mas a minha avó mesmo, materna, era baiana.

E o que que eles faziam?

O meu pai, ele é de profissão eletricista, e a minha mãe é costureira.

E você tem irmãos?

Tenho. Eu sou a caçula de uma família de três, sendo um menino, que é o do meio, e uma menina, que é a mais velha.

Como é a relação entre vocês?

A relação entre nós é uma relação amoniosa, porém não somos muito apegados, nós não somos irmãos de confidências, de confidenciar coisas, irmãos grudados, nós não somos assim, somos irmãos muito...

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