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Meu Amigo Theo

Ondas gigantescas batem na parede transparente e, ao descerem, compõem uma forte correnteza em direção ao gargalo da enorme cratera, por onde se escoam as águas.

Observo entre assustado e curioso o lindo espetáculo. Folhas enormes da renda portuguesa se contorcem, varrendo o chão encharcado. Aves, acostumadas como eu a alçar pequenos vôos, cruzam os espaços macios da “enorrrrrrrme...” residência. Neste momento, me imagino planando por sobre as árvores, sentido o frescor agradável da atmosfera lavada pela chuva torrencial. Mas não posso ir além. Embora seja livre num espaço relativamente grande, minha liberdade é limitada. Não tenho condições de sobrevôo e não mais conseguiria viver sem a proteção dos humanos.

Lembro-me de que sou uma ave da família das calopsitas. Meu nome é THEO. Sinto-me um pequeno humano, dividindo espaço com uma companheira que, humana, sente-se uma enorme calopsita. Nossa história é bonita. Cheguei nesta casa num momento difícil e de muita tristeza. Fui trazido como presente por um parente dela, para ser seu companheiro divertido e leal. E cumpro meu papel. Entendemo-nos muito bem. Às vezes até pelo olhar. Nossas vidas são tão semelhantes que até nos confundimos.

Meus antepassados são da Austrália. Nossa migração só começou a acontecer em meados do século XIX. Foi quando os antepassados de minha companheira também partiram em busca de novas terras. Foi nessa mesma época – um pouco depois, talvez – que tomaram o navio na Itália rumo a este país maravilhoso em busca de dias melhores.

E as semelhanças não param por aí.

Somos divertidos, leais, inteligentes, nos adaptamos muito bem às situações adversas; sentimos fome, medo, frio, alegria, dor, tristeza, aceitação, rejeição.

Eu, como não conheço a vida lá fora, me sinto um “lorde de plumas”. Sou bonito, com penas coloridas e a cara vermelha, parecendo maquiadas com cuidado. Vivo numa gaiola aberta, colocada bem...

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