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Por: Museu da Pessoa, 18 de agosto de 2009

Daphnis Ferreira Souto

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IDENTIFICAÇÃO

Eu nasci no Acre, foi um nascimento muito especial, eu sou nascido de dez meses. Nós morávamos em Sena Madureira, no Acre, mas num determinado momento o meu pai teve que assumir o governo do território, foi para Rio Branco. Minha mãe ficou me esperando nascer, faltando um mês para o parto, minha mãe disse ao meu pai: “Você tem que estar aqui, senão esse menino não nasce.” Mas o meu pai começou a demorar, e na data prevista ele não apareceu, e ela disse: “Ele não vai nascer.” Quando o meu pai resolveu vir, praticamente um mês depois, quando o navio que ele vinha apitou na curva do rio, eu comecei a nascer, quando ele botou o pé dentro do batente de casa era meio-dia. Eu nasci ao meio-dia do dia 15 de maio de 1923, nasci de pé, num dia de lua cheia. São predicados muito especiais. Isso marcou a minha vida, todo esse nascimento difícil, diferente, longe, lá no final do Brasil.

FAMÍLIA / PAI

Meu pai foi uma figura muito importante na história do território do Acre, ele era poeta, filósofo, magistrado e foi ele e a minha mãe que me ensinaram as primeiras letras, eu não tive escola primária, aprendi através do meu pai.

INFÂNCIA

Nós morávamos numa casa confortável, que era feita toda de madeira, inclusive o telhado, as telhas eram feitas de cavacos de madeira, não sei se vocês já viram esse tipo de telha, é como se fosse uma telha de barro, só que de madeira. Tínhamos uma horta, um campo de gado e oito vacas para dar leite para a casa. Tudo era feito dentro de casa: o doce, as coalhadas, os queijos. Eu tive uma infância fabulosa, de um menino livre, acostumado no mato: caçando e pescando. Uma vida absolutamente livre. Eu tinha companheiros que eram colegas do meu pai, da sociedade local, mas também havia os meus amigos índios, que me ensinaram muita coisa na vida.

FAMÍLIA / PAI

Meu pai é Antonio Pinto de Arial – Dr. Arial –, era uma espécie de patriarca daquela cidade. Ele era cearense, formado em...

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