Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Por: Museu da Pessoa,

Cidade de lutas

Esta história contém:

P – Então para começar, Alfredo, por favor, me diga o seu nome completo.

R – José Alfredo da Silva Júnior.

P – E onde você nasceu?

R – São Bernardo do Campo, São Paulo.

P – Em que dia?

R – No dia 20 de janeiro de 1967.

P – Me diga uma coisa, eu quero saber um pouco do seu pai e da sua mãe.

R – Meu pai já é falecido há trinta e sete anos, ele era de Minas Gerais, né, aí minha mãe é paulista de Mairiporã, interior de São Paulo, eles se conheceram e primeiro foram morar em Santos, depois em Minas, na cidade de Passos, e posteriormente retornaram para cá já com os três filhos mais velhos, que são mineiros, e os outros seis são todos paulistas, nascidos em São Bernardo os outros seis.

P – Você é qual?

R – Eu sou o último, eu sou o caçula, infelizmente três já faleceram, né, então atualmente nós somos em seis.

P – Entendi, mas sobre seus pais ainda, eles são descendentes do quê, vieram de onde?

R – Meu pai era afrodescendente, né, inclusive minha avó pegou o final da escravidão ainda, pegou o final da escravidão, mas pegou a Lei do Ventre Livre, então os pais eram escravos ainda, ela já nasceu livre, né, mas os pais escravos, e minha mãe descendente de português. Então nasceu uma família bem misturada mesmo, uns brancos, outros morenos, né, eu sou o mais moreno de todos da família.

P – Mas como você se considera, assim, você é...

R – Eu me considero afrodescendente na família porque mesmo aqui no Brasil a gente fala que não existe, mas isso é uma discriminação, né, a gente tem que se posicionar, a gente não pode ficar em cima do muro.

P – Você se posiciona como negro?

R – É, eu sou considerado negro, né, então a gente não pode no mundo atual ser apolítico, então não tem como ser apolítico, né?

P – Claro. É, eu queria que você me falasse também das suas...

Continuar leitura

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Cabine São Bernardo – Trilhas da Natureza

Depoimento de José Alfredo da Silva Júnior

Entrevistado por Breno Castro Alves

São Bernardo do Campo, 12 de dezembro de 2009

Realização Museu da Pessoa

Código: TRIL_NAT_CB007

Transcrito por Paula Leal

Revisado por Joice Yumi Matsunaga

P – Então para começar, Alfredo, por favor, me diga o seu nome completo.

R – José Alfredo da Silva Júnior.

P – E onde você nasceu?

R – São Bernardo do Campo, São Paulo.

P – Em que dia?

R – No dia 20 de janeiro de 1967.

P – Me diga uma coisa, eu quero saber um pouco do seu pai e da sua mãe.

R – Meu pai já é falecido há trinta e sete anos, ele era de Minas Gerais, né, aí minha mãe é paulista de Mairiporã, interior de São Paulo, eles se conheceram e primeiro foram morar em Santos, depois em Minas, na cidade de Passos, e posteriormente retornaram para cá já com os três filhos mais velhos, que são mineiros, e os outros seis são todos paulistas, nascidos em São Bernardo os outros seis.

P – Você é qual?

R – Eu sou o último, eu sou o caçula, infelizmente três já faleceram, né, então atualmente nós somos em seis.

P – Entendi, mas sobre seus pais ainda, eles são descendentes do quê, vieram de onde?

R – Meu pai era afrodescendente, né, inclusive minha avó pegou o final da escravidão ainda, pegou o final da escravidão, mas pegou a Lei do Ventre Livre, então os pais eram escravos ainda, ela já nasceu livre, né, mas os pais escravos, e minha mãe descendente de português. Então nasceu uma família bem misturada mesmo, uns brancos, outros morenos, né, eu sou o mais moreno de todos da família.

P – Mas como você se considera, assim, você é...

R – Eu me considero afrodescendente na família porque mesmo aqui no Brasil a gente fala que não existe, mas isso é uma discriminação, né, a gente tem que se posicionar, a gente não pode ficar em cima do muro.

P – Você se posiciona como negro?

R – É, eu...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.