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Personagem: ANGÉLICA -
Por: HÉLIO DE AZAMBUJA RODRIGUES, 21 de junho de 2025

Angélica e Cristina

Esta história contém:

Angélica e Cristina

Angélica e Cristina

Morávamos em um ponto muito bom, podíamos apreciar a vista da cidade, do alto apreciamos as pessoas subindo e descendo o morro, as crianças alegres e felizes, os fortes e saudáveis em passos ligeiros e firmes, as grávidas cautelosas, os velhos arqueados pelo tempo.

Este ponto privilegiado havia sido escolhido pelo avô que fora um dos primeiros a chegar no local e tivera a visão de escolher muito bem aquele local. Morara ali por muitos anos, casou-se e constituiu a família e gerara muitos filhos.

Esta casa construída ao longo de anos foi aumentada em várias direções inclusive para um segundo piso nas mãos fortes e calejadas do patriarca da família, no princípio ajudado pela minha vó, depois pelos filhos e netos. Ali estava reunido todo o esforço de gerações com muitos natais, festas e aniversários, muito trabalho e sonhos.

Quando não estávamos estudando ou fazendo as tarefas diárias esta era a diversão maior da família: Observar as pessoas que iam e vinham entrando e saindo da favela, agora segundo falava meu pai “comunidade”. Era engraçado e ao mesmo tempo bonito dizer essa palavra nova cujo significado não entendia direito mais que dava um certo élan ao ser pronunciada.

A televisão tinha sua importância para divertir as crianças e informar os adultos, porém tinha a sua hora, sempre após o lanche das 4 horas da tarde.

Pela manhã estudar e depois até o Sol esconder-se, passando para trás de nossa casa, ficar na janela da sala apreciando o vaivém era essa a nossa maior diversão.

Nossa família era minha mãe, uma negra forte de corpo e temperamento, meu pai, um homem preocupado com as coisas da comunidade e com seu trabalho que lhe tomava todos os dias de sol. Ele costumava sair de casa assim que o sol nascia, bem cedinho e voltava sempre que o sol se escondia.

Acho até hoje que eles não tinham muitas afinidades. Aos finais de semana quando ele poderia curtir melhor, quase sempre chovia ou...

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