Facebook Informações Ir direto ao conteúdo
Personagem: Mathilde Lajta
Por: Museu da Pessoa, 13 de abril de 1988

A roupa do corpo, coragem e uma criança para nascer

Esta história contém:

Dados de acervo

Baixar texto na íntegra em PDF

Projeto Heranças e Lembranças

Depoimento de Mathilde Lajta

Entrevistado por Diane e Denise

Rio de Janeiro, 13/04/1988

Realização Museu da Pessoa

Revisado por Ana Calderaro

R - No dia seguinte de ter o conhecido, ele me perguntou se eu queria casar com ele. E eu disse que sim. Eu estive lá, isso é uma… Longe de Viena, só com meu irmão que tinha cinco anos menos. Aí eu telefonei para Viena para dizer a meu pai que eu fiquei noiva. Ele disse: “Amanhã vem a mamãe.” Então, quando ele levou a mamãe para a estação do trem, ele disse: “Sabe, a Tilla me disse que ela ficou noiva.” A mamãe disse: “Com quem?” Ele disse: “Eu me assustei tanto que eu nem perguntei.” Bom... Então, ela chegou, conheceu ele lá porque ele era campeão de natação e estava numa excursão. Depois, naturalmente, como ele era húngaro de nascimento e meus pais - principalmente meu pai tinha tido umas experiências menos boas com húngaros -, ele não queria saber de jeito nenhum daquilo, não é? Então, naturalmente, demorou, demorou. Mas, enfim, no ano seguinte a gente casou. Estivemos casados quase 62 anos, não é? Porque todo mundo tinha dito. “Mas isso é um absurdo, conheceu um dia e já no dia seguinte queria casar. Isso é fogo de palha." E você vê que as coisas andaram muito bem. Então estivemos casados doze anos e não tivemos filhos. Não porque não queríamos, mas porque não chegava. E foi em 1937, minha mãe esteve muito doente e me disse: “Olha, eu não perco a esperança.” Eu estava pensando que ela estava pensando na doença dela. E ela disse… Eu perguntei: “Ah, esperança?” Ela disse: “Sim, que você vai ter filhos.” Eu disse: “Ah, mamãe, não fala disso.” Ela faleceu em julho de 1937. Em agosto de 1937 eu soube que eu ia ter… Isso era em 1937, na Europa, na Áustria. Aí eu disse ao meu marido: “Na Europa não quero ter filhos porque a guerra é inevitável.” E como eu tinha um irmão no Brasil, no norte, Caruaru,...

Continuar leitura

O Museu da Pessoa está em constante melhoria de sua plataforma. Caso perceba algum erro nesta página, ou caso sinta falta de alguma informação nesta história, entre em contato conosco através do email atendimento@museudapessoa.org.

Histórias que você pode gostar

De volta à escola
Vídeo Texto

Jean Carlos Ramons Montes

De volta à escola
O mundo na ponta dos dedos
Vídeo Texto

André Rogério Graça

O mundo na ponta dos dedos
Minha vida é Petrobras
Vídeo Texto

Artur de Oliveira

Minha vida é Petrobras
''Prata da Casa''
Texto

Marcelo Rodrigues

''Prata da Casa''
fechar

Denunciar história de vida

Para a manutenção de um ambiente saudável e de respeito a todos os que usam a plataforma do Museu da Pessoa, contamos com sua ajuda para evitar violações a nossa política de acesso e uso.

Caso tenha notado nesta história conteúdos que incitem a prática de crimes, violência, racismo, xenofobia, homofobia ou preconceito de qualquer tipo, calúnias, injúrias, difamação ou caso tenha se sentido pessoalmente ofendido por algo presente na história, utilize o campo abaixo para fazer sua denúncia.

O conteúdo não é removido automaticamente após a denúncia. Ele será analisado pela equipe do Museu da Pessoa e, caso seja comprovada a acusação, a história será retirada do ar.

Informações

    fechar

    Sugerir edição em conteúdo de história de vida

    Caso você tenha notado erros no preenchimento de dados, escreva abaixo qual informação está errada e a correção necessária.

    Analisaremos o seu pedido e, caso seja confirmado o erro, avançaremos com a edição.

    Informações

      fechar

      Licenciamento

      Os conteúdos presentes no acervo do Museu da Pessoa podem ser utilizados exclusivamente para fins culturais e acadêmicos, mediante o cumprimento das normas presentes em nossa política de acesso e uso.

      Caso tenha interesse em licenciar algum conteúdo, entre em contato com atendimento@museudapessoa.org.

      fechar

      Reivindicar titularidade

      Caso deseje reivindicar a titularidade deste personagem (“esse sou eu!”),  nos envie uma justificativa para o email atendimento@museudapessoa.org explicando o porque da sua solicitação. A partir do seu contato, a área de Museologia do Museu da Pessoa te retornará e avançará com o atendimento.