P/1 – Boa noite!
R – Boa noite!
P/1 – Você poderia falar seu nome completo, data e local de nascimento?
R – Meu nome é Cláudio (Munck?), eu nasci em Salto de ______, em 2 de janeiro de 1973.
P/1 – Quanto tempo faz que você trabalha na companhia?
R – Completei dez anos esse ano.
P/1 – Quando você entrou, qual era a sua função quando você entrou?
R – Eu entrei como operador. Em entrei na empresa Brahma em Montenegro.
P/1 – Como era a Brahma quando você entrou? Era como você esperava, você já conhecia um pouco do que as pessoas falavam?
R – Não, eu não conhecia, era meu primeiro emprego, mas eu achei muito legal trabalhar lá. Havia conversado com outras pessoas sobre outras empresas e eu achei bem melhor trabalhar em uma empresa bem estruturada, no caso.
P/1 – Você podia contar um pouquinho o que você fazia quando entrou?
R – Quando eu entrei na companhia, eu fui trabalhar na linha de vidro retornável, eu fiquei revisando as garrafas que passavam cheias. Eu ficava revisando, nessa fábrica a gente não tinha inspetor eletrônico. Basicamente era esse meu serviço, revisar garrafas.
P/1 – Era em Montenegro?
R – Montenegro.
P/1 – E em Montenegro também tinha Antártica?
R – Tinha Antártica também.
P/1 – E como era? Era uma rivalidade?
R – Sim, existia rivalidade. Principalmente final de semana que a gente jogava futebol, existia bastante rivalidade.
P/1 – Vocês jogavam Brahma contra Antártica?
R – Sim, a gente jogava, tanto no campo deles como no campo nosso também. Tinha rivalidade entre as duas empresas.
P/1 - E era todo fim de semana?
R – Quase todos, quase todos a gente se reunia pra jogar.
P/1 – Existia essa rivalidade, mas na casa de quem trabalhava na Antártica e de quem trabalhava na Brahma, os produtos eram separados mesmo, tipo Brahma e Antártica?
R – Eu não tinha amizade mais profunda com alguém que trabalhasse na Antártica, eu não saberia dizer isso daí.
P/1...
Continuar leitura
P/1 – Boa noite!
R – Boa noite!
P/1 – Você poderia falar seu nome completo, data e local de nascimento?
R – Meu nome é Cláudio (Munck?), eu nasci em Salto de ______, em 2 de janeiro de 1973.
P/1 – Quanto tempo faz que você trabalha na companhia?
R – Completei dez anos esse ano.
P/1 – Quando você entrou, qual era a sua função quando você entrou?
R – Eu entrei como operador. Em entrei na empresa Brahma em Montenegro.
P/1 – Como era a Brahma quando você entrou? Era como você esperava, você já conhecia um pouco do que as pessoas falavam?
R – Não, eu não conhecia, era meu primeiro emprego, mas eu achei muito legal trabalhar lá. Havia conversado com outras pessoas sobre outras empresas e eu achei bem melhor trabalhar em uma empresa bem estruturada, no caso.
P/1 – Você podia contar um pouquinho o que você fazia quando entrou?
R – Quando eu entrei na companhia, eu fui trabalhar na linha de vidro retornável, eu fiquei revisando as garrafas que passavam cheias. Eu ficava revisando, nessa fábrica a gente não tinha inspetor eletrônico. Basicamente era esse meu serviço, revisar garrafas.
P/1 – Era em Montenegro?
R – Montenegro.
P/1 – E em Montenegro também tinha Antártica?
R – Tinha Antártica também.
P/1 – E como era? Era uma rivalidade?
R – Sim, existia rivalidade. Principalmente final de semana que a gente jogava futebol, existia bastante rivalidade.
P/1 – Vocês jogavam Brahma contra Antártica?
R – Sim, a gente jogava, tanto no campo deles como no campo nosso também. Tinha rivalidade entre as duas empresas.
P/1 - E era todo fim de semana?
R – Quase todos, quase todos a gente se reunia pra jogar.
P/1 – Existia essa rivalidade, mas na casa de quem trabalhava na Antártica e de quem trabalhava na Brahma, os produtos eram separados mesmo, tipo Brahma e Antártica?
R – Eu não tinha amizade mais profunda com alguém que trabalhasse na Antártica, eu não saberia dizer isso daí.
P/1 – E a Brahma de Montenegro era cerveja?
R – A Brahma era refrigerante.
P/1 – Era refrigerante?
R – Era refrigerante.
P/1 – E você lembra o que produzia na época?
R – O novo Guaraná Brahma, a Sukita, Limão Brahma.
P/1 – Quando houve a fusão, como foi quando virou Ambev?
R – Foi muito estranho, a gente nunca imaginava que pudesse acontecer isso aí, a Antártica se juntar com a Brahma porque sempre existiu uma rivalidade. Foi bem estranho, no início foi bem estranho e logo fechou a nossa empresa, a gente veio transferido, alguns vieram transferidos aqui pra Pepsi Sapucaia.
P/1 – E você veio nessa época?
R – Sim, eu vim transferido quando fechou a Brahma lá em Montenegro.
P/1 – E tinha muita diferença da Brahma Montenegro pra cá, Ambev Sapucaia?
R – Sim, no início teve muita – como posso dizer? – muita dificuldade porque lá a gente já estava entrosado, praticamente era uma família, aí a gente chegou aqui, era outra empresa, era Pepsi, e a gente teve que, demorou um pouco pro pessoal aceitar também essa fusão, foi bem difícil no começo, mas depois tudo se acertou.
P/1 – E na parte tecnológica mesmo da linhade produção, existia muita diferença?
R – Sim.
P/1 – Essa era uma fábrica mais moderna?
R – Essa era uma fábrica mais moderna. A nossa era bem manual, bem antiga nossa fábrica lá da Brahma.
P/1 – Nesses anos, você está a dez anos na companhia, você lembra de uma coisa que pra você foi um grande desafio, ou mais de um?
R – Sim, um grande desafio pra mim na empresa foi o ano passado que eu fui convocado pra uma missão internacional, eu fui pra República Dominicana ajudar a alavancar uma linha de produção lá, ajudar a treinar novos operadores. Pra mim foi surpreendente, nunca tinha imaginado sair fora do Brasil, pra mim foi espetacular.
P/1 – É muito diferente a fábrica de lá? É refrigerante também?
R – Não. Lá é cervejaria, mas tem muito a ver com a minha linha aqui de vidro, que é retornável, as mesmas máquinas, inspetora eletrônica que eu trabalhei, enchedora também.
P/1 – E como foi lá você ensinando?
R – Eu pensei que seria mais difícil, mas não foi tanto porque o pessoal de lá também é bem compreensível, eles aceitaram muito bem isso aí, eles ajudaram na comunicação, isso foi muito importante porque eu não, espanhol não é meu forte, e a gente acabou se entendendo.
P/1 – E você ficou quanto tempo lá?
R – Fiquei um mês.
P/1 – E ela produz...?
R – Lá ela produz a Brahma, a cerveja Brahma. Tem uma outra fábrica, mas eu não cheguei a conhecer lá, da Pepsi, produz Pepsi, os produtos refrigerantes, mas essa que eu fui trabalhar era só Brahma.
P/1 – Você foi sozinho ou foram outras pessoas da empresa?
R – Aqui do sul, foi só eu. Foi gente de São Paulo, Ceará, Pernambuco, Bahia, de todos os estados foram dois, três, mas aqui do sul, foi só eu.
P/1 – Foi uma experiência que quando você voltou, todo mundo queria saber?
R – Sim, nossa, um mês era só pra responder perguntas.
P/1 – É uma grande responsabilidade, né?
R – Sim, foi uma grande responsabilidade, com certeza.
P/1 – E você acha que você foi escolhido pra ir pra lá passar seu conhecimento, você encara como isso? Por que foi essa escolha?
R – Eu acredito pelo meu conhecimento na linha retornável, pelo meu desempenho também nesses anos todos de Ambev, meu comprometimento, eu acho que é um reconhecimento, uma forma de reconhecimento também.
P/1 – E você também deve ter aprendido alguma coisa por lá.
R – Muito. Bem mais aprendi do que ensinei, bem mais aprendi, com certeza.
P/1 – Isso foi seu grande desafio em dez anos, mas deve ter tido também alguma coisa que te marcou muito, ou mais de uma. Você tem um momento que você sempre lembra e fale: “Aquilo me marcou”?
R – Positivamente? É sempre ser lembrado, sempre ser tido como exemplo, citado como exemplo para os mais novos, isso me marca bastante. É motivo de orgulho, sempre quando entra gente nova, o pessoal chama: “Esse é o Cláudio (Munck?), nosso funcionário, tente se espelhar nele”, isso aí pra mim é bem marcante.
P/1 – Você acha que a companhia incentiva os funcionários a crescer profissionalmente, pessoalmente?
R – Com certeza, ela dá incentivo e dá oportunidades pra quem está realmente a fim conseguir crescer junto com a empresa.
P/1 – A Ambev tem uma cultura, a cultura Ambev. Você podia falar um pouquinho dessa cultura?
R – Nós somos donos, a cultura, a gente é dono do negócio. Eu ali na minha linha, eu procuro sempre puxar pra mim a responsabilidade, sempre procurando fazer o melhor pra alavancar os resultados e sempre correndo atrás das nossas metas.
P/1 – Voltando um pouquinho, você estava falando e eu estava lembrando da República Dominicana, que é produção da cerveja Brahma. A linha tem uma capacidade pra quanto de produção?
R – Eu não me recordo. Não me recordo mesmo.
P/1 – Qual você acha que é o carro-chefe de produto da Ambev? Pode ser no sul e no Brasil, como você vê isso?
R – De todos os produtos? Eu acredito que seja a Skol, a Brahma.
P/1 – A Skol é forte aqui no sul?
R – Sim, sim, o pessoal gosta bastante da Skol, Brahma. A gente tem o nosso produto também, que é a Polar, é aqui do Sul.
P/1 – A Polar é do sul, é a cerveja que todo mundo...
R – (Não exporta?).
P/1 – Cláudio, nesse tempo que você está aqui, você vive muito tempo dentro da fábrica, convivendo muito com as pessoas. Você lembra de alguma coisa que tenha acontecido com você ou com algum colega, tipo uma pegadinha, uma brincadeira que alguém fez?
R – Nas gincanas. Na última, sem ser essa, a última, do ano passado, a gente fez a gincana, teve casamento na roça e teve um pessoal que se fantasiou de noiva, o nosso colega se fantasiou de noiva. Ele ficou muito bem de noiva (RISOS), aí pegaram no pé dele o resto do ano porque ele ficou muito bem de noiva.
P/1 – Eu vejo que vocês ficam muito envolvidos aqui com o (PEF?). Fala um pouquinho como é isso.
R – É o Programa de Reconhecimento da Ambev. Pra nós é muito bom porque é um dinheiro a mais que vem pra nós, quem não gosta de um dinheirinho a mais no final do ano? E a gente procura sempre dar o melhor, fazer o melhor porque a gente sabe que vai ser recompensado. A gente, ano passado, foi a segunda melhor empresa, esse ano a gente está batalhando pra ficar entre as três de novo e é isso, a gente está sempre procurando excelência. Em tudo que a gente faz aqui, a gente procura excelência pra ficar sempre entre as três. Agora que a gente conseguiu chegar...
P/1 – É a primeira vez que vocês chegaram?
R – Entre as três, a primeira vez.
P/1 – Cláudio, a fábrica tem três turnos que dá 24 horas. Você sempre trabalhou no da noite?
R – Sim, eu sempre trabalhei no da noite porque a minha linha retornável tem dois turnos: à noite e o dia, mas eu sempre trabalhei à noite, tanto Montenegro, na Brahma, quanto aqui.
P/1 – Você gosta, você acha que é diferente trabalhar à noite, como é isso?
R – Eu acostumei. Eu prefiro trabalhar à noite, até porque o conhecimento que a gente tem, a gente fica de noite, tem preferência ficar de noite porque não tem tantos recursos, aí é melhor ficar um pessoal mais experiente à noite também.
P/1 – Cláudio, como você vê a companhia hoje, a Ambev, com essa preocupação em estar resgatando a memória, um pouquinho da história, estar construindo um acervo, como você vê isso?
R – É legal porque no futuro a gente vai poder ver quem participou do crescimento da empresa, quem ajudou a alavancar os resultados da empresa, quem ajudou a formar a empresa. Eu me considero uma pessoa que ajudou na fusão da Ambev, a sair, fui em outro país ajudar também, eu me sinto à vontade de falar que eu ajudei. Me sinto orgulhoso também disso.
P/1 –Você sente que essa sua ida pra República Dominicana, essa expansão da Ambev, você acha que cada vez ela vai crescer mais?
R – Ah, não, com certeza, o crescimento é inevitável.
Recolher