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Por: Museu da Pessoa, 9 de março de 2015

"Quando eu ando na rua, eles vêm, abraçam"

Esta história contém:

"Quando eu ando na rua, eles vêm, abraçam"

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Meu nome é Helen Lucinda Januário. Eu nasci em Santo André, no dia 6 de março de 1982. Meu pai é Paulo Roberto Januário e a minha mãe é Aparecida Paciente Januário. Meu pai ficava sempre trabalhando, mas hoje em dia uma pessoa engraçada, construiu as coisas dele, agora ele está mais tranquilo, aposentou, está mais tranquilo, uns dias fica na casa dele, outros dias vai passear, e fazendo as coisas que ele gosta. A minha mãe também, a minha mãe continua trabalhando, tem aquela firmeza de mãe, aquela coisa que mesmo eu com 33 anos, quando preciso, corro lá, aquela coisa, mas está bem também. Passa dificuldades de saúde, tem algumas dificuldades em relação à saúde da minha mãe, mas ela está firme aí também. Meu pai trabalhou na Eletropaulo, ele estava diretor, alguma coisa na Eletropaulo, aí ele se aposentou. Tenho uma irmã mais velha e um irmão mais novo. A gente brincou muito. É bem diferente da infância de hoje. A gente brincou muito, 12, 13 anos, subindo em árvore, essas coisas, brincando na rua.

O fundamental eu fiz numa escola mais distante. Minha mãe e meu pai sempre bem preocupados. Era uma escola padrão. Na época tinha esse negócio de escola padrão. Depois eu fui para o Américo Brasiliense, que é aqui no Centro para fazer magistério e tudo mais. Mas ser uma menina preta, de periferia, com cabelo crespo, dentro de escola, nunca é uma coisa tão confortável. Os próprios professores, eles não sabem lidar. Eles não sabem lidar com as diferenças, eles querem tratar todo mundo de forma igual. E nós não somos iguais, nós temos as nossas diferenças e têm que ser respeitadas. Então, depois de um tempo, quando a gente vai ganhando mais conhecimento, aí lembro eu falo: “Poxa vida, como eu sofri na escola”. Muito preconceito e tudo mais. Agora, depois de ter crescido e depois de já ter uma base, de saber me defender e tudo mais, aí a escola se tornou um ambiente agradável, mas isso foi na...

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Museu da Pessoa – Conte sua história

Histórias de Esperança – 29 anos do Projeto Criança Esperança

Depoimento de Helen Lucinda Januário

Entrevistada por Eliete Pereira

Santo André - SP 09/03/2015

Realização Museu da Pessoa

Entrevista HECE_HV_47

Transcrito por Liliane Custódio

P/1 – Bom dia, Helen.

R – Bom dia.

P/1 – Helen, qual o seu nome completo?

R – Helen Lucinda Januário.

P/1 – Helen, você nasceu onde, e a data do seu nascimento?

R – Nasci em Santo André, e foi dia 6 de março de 1982.

P/1 – Qual o nome completo dos seus pais?

R – Meu pai é Paulo Roberto Januário e a minha mãe é Aparecida Paciente Januário.

P/1 – Os seus pais são daqui de Santo André?

R – São também.

P/1 – Os seus pais, como eles eram e como eles são, da sua infância a hoje? Como você descreve os seus pais?

R – Em relação à forma que educou?

P/1 – Não, como eles são com personalidade? Como você descreveria seus pais?

R – Meu pai sempre trabalhando, mas hoje em dia uma pessoa engraçada, construiu as coisas dele, agora ele está mais tranquilo, aposentou, está mais tranquilo, uns dias fica na casa dele, outros dias vai passear, e fazendo as coisas que ele gosta. A minha mãe também, a minha mãe continua trabalhando, tem aquela firmeza de mãe, aquela coisa que mesmo eu com 33 anos, quando preciso, corro lá, aquela coisa, mas está bem também. Passa dificuldades de saúde, tem algumas dificuldades em relação à saúde da minha mãe, mas ela está firme aí também.

P/1 – O que seus pais fizeram? O que seu pai fez? Ele se aposentou? Qual a profissão que ele teve?

R – Meu pai trabalhou na Eletropaulo, ele estava diretor, alguma coisa lá na Eletropaulo, aí ele se aposentou. E a minha mãe hoje trabalha numa escolinha na área da limpeza. Essas escolas particulares. Mas foi daquele jeito de passar... Casou, aí não podia trabalhar, aquele momento que homem não deixa a mulher trabalhar, aquela coisa toda, e...

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