Rio preto pertence ao nosso povo

Eu nasci Aldeia Enoti Deronekwa era aldeia Enoti Deronekwa Meus Parentes renovava as casas Três vezes por cada cinco ano, mesmo aldeia que a gente cresceu Eu, Anaori, Xiwiro e Yalowinase atoke nascimos mesmas quase horas, é agora são tudo ele foi apostados mas Eu não, porque erraram meu registro de nascimento, minha Mãe me conto sobre meu nascimento. chegada de homem branco Mudamos para a aldeia nova, Makwanekwa, esse é o nome verdadeiro da aldeia. Lá que os homens brancos chegaram pela primeira vez, o Matowa que foi para sua roça Hanawenakwa, levava sua família inteira. Lá que Matowa chamou os homens brancos desconhecidos, os homens brancos estavam subindo o Rio Juruena com um barco, eles vieram em direção ao Maitowa. Ele estava com muito medo dos brancos e fugiu na mata. Depois que Maitowa fugiu, os brancos colocaram ferramentas na beira do Rio Juruena. Um ano depois os brancos continuaram a procurar nossa aldeia, durante da nossa pescaria, só um do meu parente ficou aldeia porque ele pegou poliomielite. Nós acampamos na beira do Rio Hakotokowina, de repente nós escutamos um grito, corremos para nossa aldeia não encontramos os brancos, já tinha ido embora. Um de deficiente conto sobre eles, a gente não precisa ter medo deles porque eles não machucam as pessoas, olha que eles me deram os machados e as facas, vocês tem que ter atrás deles para vocês pegar os machados também assim ele contou para nós. Os guerreiros foram atrás deles, encontraram os brancos, pegaram os machados e voltaram à aldeia. Os caciques da minha aldeia reuniram-se e discutiram para não matarem os brancos. Assim foi nosso primeiro contato com os brancos. Doença de gripe Na segunda vez que eles vieram à nossa aldeia, com um homem myky chamado Mañowali,ele trouxe a gripe para a minha comunidade. Fomos infectados, não conhecíamos essa doença porque a gente tinha recém contato com os branco, também a gente não conhecia a vacina. Depois Kiwxi, Vincent Cañas,Thomaz e outros, chegaram de novo,encontraram caminho mais curto eles dormiram na nossa aldeia pela primeira vez. Os caciques não permitiram que eles dormissem nas nossas casas, dormiram na Casa das Flautas,e o barco deles era feito de madeira não era alumínio, Também Xiwxi trouxe vários utensílios de pescas, facas e panelas. Kiwxi, viu que a gripe havia se espalhado. Devido a urgência foi atrás dos remédios, assim que ele chegou com remédio na nossa aldeia e também com vacinas. quem foi primeiro vacinado, foi uma velhinha, depois foi todo mundo tomou vacina. Kiwxi, não entendia nossa língua difícil, ele fala com a gente. Mudava Aldeia Nós mudamos para Aldeia Hakotokwa, moramos lá, só dois anos e meio, depois nos mudamos para outra aldeia viemos para Rio Iquê, Como aprender as musicas (Sotakatali) Entrevistador perguntou como ele aprendeu os cantos. Como eu aprendi os cantos? Eu não pensava nas músicas. Quando eu estava participando do Ritual Yaõkwa, os caciques falaram para nós jovens sobre os rituais. os caciques falaram assim.. jovens vocês têm que pensar no futuro. Quem vai ser Sotakatali no futuro? Eu decidi aprender os cantos. Meu sogro era mestre de canto (Sotakatali), foi ele que me ensinou. Assim que meu sogro me ensinou, eu toquei a flauta como Sotakatali pela primeira vez. por isso que eu represento os Rituais Yaõkwa e Derohi. Como ele virou o pajé Quando eu virei paje estávamos coletando mel de abelha com meus colegas, encontramos mel de abelha, nesta ocasião os Enoli Nawe fizeram uma experiência comigo. todas as abelha vieram para o meu corpo, quando voltamos para aldeia eu estava meio cansado, a noite os deuses vieram para falar comigo e a primeira vez, também, eu estava me sentindo um pouco mal, assim que eu conheci os deuses. Eles começaram a me ensinar como cuidar das pessoas doentes e proteger a comunidade. Eu conheci vários deuses poderosos lá no céu. Casamento contou a passo a passo.. Demarcação T.I Enawene-Nawe Entrevistador perguntou sobre demarcação. Nós estávamos no acampamento de coleta de mel, quando voltamos para a aldeia, um branco nos falou da urgência de demarcar nosso território, caso contrário, corríamos o risco de ter nosso território diminuído, inclusive pelo próprio governo. Ao ouvirmos isso iníciamos a jornada da demarcação terra indigena Enawene_Nawe, era nós iniciamos da demarcação os brancos não brigou com nós, porque essa terra não e os brancos, assim que nós marcamos nosso terra, a gente não e era sozinho era Fausto e pedro Correia que estão acompanhamos a gente.. Aprender benzedor Quem me ensinou o sopro foram Dokote e kawali, eles tinham muito conhecimento. Eles me ensinaram, só que não foi de graça paguei para eles com colares e peixes. Assim eles me ensinaram, por isso que estou usando o sopro deles. Invasão terra Indigena Como foi invadida a nossa terra pelo senhor Camilo Óbice, primeira vez que o nosso parente povo Paresi, Haliti, chegou em nossa aldeia eles começaram a falar sobre as estradas a gente não tinha percebido era invasão. O senhor Camilo, trato a gente como escravos, deram para nós motor de popa, barco e também arroz, milho e roupas.. Depois que a gente percebeu que era invasão. fomos para cuiabá procurar o Ministério Público, depois disso o Ministério Público mandou os policiais para retirar os invasores. Como foi os empreendedores abriram a PCH pela primeira vez. Os empreendedores chegaram na nossa aldeia, começaram discutir conosco, depois a gente tomou uma decisão, os empreendedores não quiseram pagar compensação permanente. Por isso, nós queimamos o canteiro de obras da PCH. Antes de PCH tinha muitos peixes no Rio Juruena. era nos locais que os peixes subiam o rio para desovar. a construção dessas obras fecharam a passagem do peixes, Os peixes que ficaram lá, não desceram, como deveria acontecer. Naquela região também temos Iyakariti de nome Kameroli, que teve sua morada destruída pelas obras. Depois da construção dessas obras o recurso pesqueiro diminuiu drasticamente. Sobre Rio Preto, Adoweña e Hokosewena Só depois de algum tempo, com a aquisição,do motor de popa, volta para o Rio Preto, ouvimos do Kawali e Dokote que lá costumava ser bom de peixes. quando faziam barragem tradicional pegavam muito peixe. Primeiro tivemos que procurar e achar o local onde antigamente fazíamos barragem, no local onde construímos a mata ainda estava preservada, não tinha ponte de Rio Preto. La, ainda tinha vários recursos endêmicos, os brancos perceberam nossa volta e se apressaram a destruição da mata. Eles souberam da nossa presença, por que um dos nossos se aventurou pela estrada e chegou na sede de uma fazenda. assustando a mulher que se encontrava, no momento naquele local. Foi assim que os fazendeiros, acompanhados do prefeito, chegaram até nós. Pedro Correia da OPAN nos acompanhava. Nós tentamos apaziguar a situação dizendo que nossa intenção era apenas a pescaria, voltamos no anos seguintes e sempre pegamos muito peixe. Depois os fazendeiros começaram a queimar as casas do acampamento de pesca. o ano passado fizemos barragem e não pegamos nada, efeito colateral das PCHs. Essa região faz parte do nosso território tradicional, tivemos várias aldeias aqui. saímos por causa dos ataques de Cinta Larga e Rikbaktsa. hoje os fazendeiros dizem que a terra é dele, mas não é, sempre foi nossa, e queremos de volta. a lagoa Hone também é nossa tem varios Iyakariti emorada, nós saímos dessa região por causa Rikbaktsa , depois os brancos chegaram roubando as terras. Assunto da importância Hoje estou aqui, estou pensando no futuro eu, Lola e Anaori somos Sotakatali. me preocupa quem serão nossos substituto para que não se perca a transmissão de conhecimento. nós temos uma cultura própria e nosso contato com os brancos esta se intensificando rapidamente e é preocupante. Agora caminhamos entre dois mundos e precisamos cautela para não perder nossa cultura. Como era Barco Era nosso canoa não é era feito de madeira, era casca de Jatobá, como nós descobrimos canoa, e feito de madeira, e dos Rikbaktsa chegaram a nossa aldeia, vimos a canoa dele nós começaram fazer também. A de jatobá era pesada,os Rikbaktsa faziam canoa de cocho utilizando cedro, cerejeira, mogno, com os invasores ( da estrada ) conhecemos o barco a motor, com pedágio conhecemos os carros, agora só falta o avião.